ficha de cadastro da Casa Inglesa na Parnaíba antiga
verso da mesma ficha cadastral.
A Casa Inglesa, tradicional comércio da Parnaíba do século 19 e 20, pertencente à família Clark, de origem inglesa, tinha em sua ficha cadastral interna vários ítens curiosos para análise de aprovação ou não do cadastro do cliente.
Entre os ítens a serem preenchidos obrigatoriamente, existia um que requisitava o nome da esposa, como também o da amante, com os respectivos lugar de moradia.
O motivo é totalmente desconhecido por Ingrid Clark, herdeira direta desse importante grupo comercial da Parnaíba antiga que atuou fortemente na venda e exportação da nossa cera de carnaúba para América do Norte e Europa.
Outros ítens curiosos do mesmo formulário: se o cliente em questão era político extremado, se gastava muito com política, ou se era um gastador contumaz, jogador ou farrista, qual o conceito que ele desfrutava naquela praça, a moralidade pessoal e a reputação do mesmo, como era a situação da firma (do cliente), se tinha serviço organizado, se a gerência era séria e conservadora e também dados sobre os sucessores (se eram ou não competentes) e por aí vai.
O tal cadastro encontra-se à disposição, para deleite dos pesquisadores e do público geral, entre o acervo de documentos do Museu do Comércio do Piauí, projeto desenvolvido pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de Teresina, coordenado pela jornalista e historiadora Marta Tajra.
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